O Batismo com o Espírito Santo, além de ser
uma das manifestações divinas na vida da
igreja, traz consigo alguns propósitos bíblicos, que não podem passar longe de
nossos olhos.
PRIMEIRO
PROPÓSITO: Fazer com que cada crente seja uma testemunha de Cristo: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de
vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Ser testemunha de
Cristo significa que devemos estar aptos para testificar de tudo quanto Jesus
fez, faz e fará na vida daqueles que lhe derem abertura.
Sabiamente, o escritor John Stott, afirmou: “O pregador cristão tem o privilégio de testemunhar
para Jesus e por Jesus, defendendo-o, elogiando-o, colocando diante da corte
alguma evidência que eles precisam ouvir e considerar antes de dar seu veredito
final”.
SEGUNDO
PROPÓSITO: Atrair pecadores para Deus, servindo de sinal de Deus para os
incrédulos. No
dia de Pentecostes, o fato de os crentes falarem em “outras línguas” fez com
que uma multidão, formada com cidadãos de diversas nações, se dirigissem para o
cenáculo, e, ficaram confusos, pasmados e maravilhados, porque receberam uma
mensagem em seus próprios idiomas (Atos 2.5-7). A verdadeira manifestação do
Espírito Santo tem a capacidade de trazer pessoas à igreja. A colheita de almas
é precedida de um poderoso agir do Espírito. Lá em Jerusalém, no dia de
Pentecostes, pessoas de diversas nações “ouviram
em suas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (Atos 2.11). O
apóstolo Paulo disse que as línguas estranhas são um sinal para os infiéis
(1Coríntios 14.22).
TERCEIRO
PROPÓSITO: Dar autoridade e ousadia espiritual aos pregadores. Depois do
derramamento do Espírito Santo, o apóstolo Pedro se pôs em pé, levantou a voz e
pregou ousadamente para aquela multidão de pecadores, que se derreteu diante
daquela mensagem profética, ao passo de perguntarem – “Que faremos, varões irmãos?” (Atos 2.37). A resposta de Pedro foi
simples, porém poderosa: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom Espírito Santo
(Atos 2.38).
Na força do Espírito Santo, Pedro testificou
e exortou a todos os ouvintes, dizendo: “...Salvai-vos
desta geração perversa” (Atos 2.41). A mensagem pregada pelo apóstolo Pedro
proporcionou à igreja um agregamento de quase três mil almas (Atos 2.41). Olha
o que aconteceu depois que Pedro e João testificaram de Cristo no Sinédrio: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em
que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com
ousadia a palavra de Deus” (Atos 4.31).
QUARTO
PROPÓSITO: Impulsionar os obreiros a proclamarem sinais e maravilhas no meio
povo: “...muitas maravilhas e sinais se
faziam se faziam pelos apóstolos” (Atos 2.43). Quando os obreiros e a igreja estão
cheios do Espírito Santo é sabido que sinais, prodígios e maravilhas
acontecerão. Para isso, todos precisamos dar liberdade ao agir de Deus. O fogo
do Espírito Santo quando queima o coração do obreiro, certamente outras vidas
serão incendiadas. O coração do pregador precisa de fogo, a língua precisa de
fogo espiritual, a mente precisa de fogo pentecostal. Pregadores incendiados
pelo poder de Deus saem pelas searas ganhando almas para o Reino de Deus,
libertando os oprimidos e proclamando o tempo da graça do Senhor. O batismo no
Espírito Santo é revestimento de poder de Deus para vida do obreiro. Esse
batismo não “prepara” o pregador, mas lança-o no campo com intrepidez de
espírito, usando-os com operações de maravilhas. Nada pode fazer parar a
jornada de uma igreja cheia do Espírito. O obreiro espiritual é cheio do
Espírito Santo e recebe capacitação divina para ministrar milagres ao povo. O
tempo das curas não terminou. O Deus que faz milagres está presente, trabalha
nesse momento na sua vida e na vida daqueles que crêem.
QUINTO
PROPÓSITO: Alcançar a todos os povos e gerações: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos
filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor,
chamar”
(Atos 2.39). O poder do Espírito Santo não cessou na era apostólica. O vento do
Espírito continua soprando sobre a igreja contemporânea. A geração dos dias
atuais carece do poder de Deus. Nós crentes necessitamos do poder do Espírito,
de unção, de fervor, de avivamento, da glória de Deus em nossos cultos. A unção
é para nossos dias também. Comece a orar nesse momento e peça que Deus derrame
de Seu Espírito sobre sua família, vizinhança e colegas. O revestimento de
poder traz “paixão pelas almas”, faz o coração queimar em favor dos perdidos,
traz compaixão pelos desfavorecidos, traz temor, atiça a chama missionária e
coloca a igreja para marchar pelo mundo levando a bandeira do Evangelho. O
Espírito Santo está te chamando – vem, vem, vem! Depois do revestimento, o
Espírito diz – vai, vai, vai pelo mundo pregar o Evangelho.
SEXTO
PROPÓSITO: Edificar a pessoa que fala línguas estranhas (1 Coríntios 14.4). Falar noutras línguas ou orar em
línguas estranhas é uma forma maravilhosa de o crente receber edificação, de
manifestar gratidão e de receber a plenitude do Espírito. O nosso espírito é
fortalecido quando oramos na língua concedida pelo Espírito Santo. A nossa alma
se enche de alegria, graça, unção, vigor e renovo. Há muitos crentes esgotados,
deprimidos e sufocados pelos fardos dos problemas, sendo assim, quando nos
derramamos diante do Espírito de Deus, copiosas lágrimas vertem de nossos olhos
e o Espírito pode nos conceder línguas para falarmos – e, passamos a orar em
línguas. Não é “transe”, mas depois de alguns minutos sentimos o próprio Jesus
afastar de nós todo o embaraço. Saiba que orar em línguas traz refrigério e
descanso. É orando em línguas que sentimos de perto o Espírito Santo interceder
por nós com de gemidos inexprimíveis (Romanos 8.26,27).
SÉTIMO
PROPÓSITO: Edificar a igreja, desde que seguida de oração e interpretação
espiritual (1 Coríntios 14.12,13,26). O dom de interpretação se manifesta após o
crente falar línguas estranhas. A língua estranha é o sinal físico e inicial de
que a pessoa foi batizada no Espírito Santo. A interpretação é uma capacitação
vinda do Espírito Santo. Essa interpretação pode ser falada por quem está
falando a língua estranha e também por outra pessoa usada por Deus. O Espírito
Santo opera de forma como lhe apraz. Nos cultos pentecostais devemos orar para
que Deus capacite seus servos com o dom de interpretação, que não se aprende
nos bancos acadêmicos, mas que é concedido pelo Senhor.
Pr. Quemuel Lima
Pr. Quemuel Lima
Explicação de facil entendimento com muita clareza.
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