terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

COMO MANTER A CHAMA DE UM CASAMENTO FELIZ


Ser feliz no casamento é um sonho para muitas pessoas. Sonho este, que é nobre, digno, correto e possível. Vale ressaltar que não basta ser feliz no casamento, é necessário manter a chama da felicidade. Convido você a refletir sobre algumas atitudes e gestos que contribuem para alcançarmos um casamento feliz e agradável, com base no livro poético de Cantares de Salomão.

1. CUIDANDO DA AUTOESTIMA E DA AUTOIMAGEM

A sulamita cuidava de sua autoestima e autoimagem. Fez questão de dizer que era morena e formosa. Ela se considerava bonita e bela. Pelo contexto bíblico parece que ela estava rompendo preconceito e complexos: “Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não olheis para o eu ser morena; porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei”.  (Cantares 1.5,6)
            Esse é um desafio para as mulheres contemporâneas: cuidar da autoestima e autoimagem. Frente à ditadura e à indústria da beleza, algumas mulheres são viciadas em cuidar da estética, mas são pobres interiormente. Outras têm uma autoestima elevada, porém, são descuidosas da aparência.
            A autoestima pode ser destruída e achatada através violência física, verbal e psicológica entre os cônjuges, através do mau humor, grosseria, das raízes de amargura, traumas, ansiedade, estresse, depressão, negativismo e dos problemas da vida. Cuide da sua alma, do seu espírito e da sua mente. Aprenda a se valorizar, sabendo que somos feituras das mãos de Deus (Ef 2.10).
            A autoimagem pode ser destruída através do pessimismo, do complexo de inferioridade, da falta de capricho e da falta de higiene. O desânimo para colocar uma roupa bonita e limpa, o desinteresse crônico em adquirir produtos de beleza e se esconder atrás da desculpa de que o cônjuge nunca elogia, também causam ruínas à imagem pessoal. Não se esqueça, você é formoso, você é formosa. Cuide do seu corpo.
Dentro do relacionamento conjugal, a mulher e o homem precisam cuidar da saúde, da vida sentimental, emocional, espiritual e também do aspecto físico. Afinal, o nosso corpo é templo do Espírito Santo (1Co 6.19).
            Lembremos de Provérbios 15.13: “O coração alegre aformoseia o rosto”. A beleza interior deve preceder à beleza física. Seja feliz no coração. Depois seja feliz na aparência.

2. CATIVANDO SEMPRE O CORAÇÃO DO CÔNJUGE

Quando lemos o livro de Cantares observamos o coração de um casal cativado pelo amor: “Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples jóia dos seus colares” (Cantares 4.9). Salomão cativou o coração de sulamita e esta cativou o coração de Salomão. O olhar de sunamita foi suficiente para acelerar o coração do rei.
O coração da esposa pode ser cativado se o marido for amável, compreensível, carinhoso, sincero, fiel, terno, genuíno, corajoso, educado, respeitador, gentil e espiritual. A esposa quer ser valorizada e amada pelo marido. Por isso, é necessário demonstrar que precisa dela e fazer passeios românticos. A esposa deve ser corrigida com amabilidade, doçura, firmeza e brandura. Elogie sua mulher com freqüência. Separe um tempo especial para passar com a esposa e os filhos. Ore para que ela viva nos propósitos de Deus. Faça as coisas para ela sem reclamar. Verifique se você a ofende sexualmente. Não pratique violência sexual e moral dentro do casamento. Jamais inferiorize a sua esposa. Não a ridicularize na frente dos filhos e de terceiros. Seja cortês quando ela estiver doente. Não espalhe para os outros os defeitos e falhas da esposa. Ore para que Deus a transforme. Segure a mão de sua esposa em casa e em público.
O coração do esposo pode ser cativado se a esposa apoiá-lo espiritualmente e encorajá-lo emocionalmente. O marido é cativado quando é elogiado naquilo faz. Ele gosta de ser apreciado na área sexual. Gosta de ser apoiado permanentemente pela esposa, em especial, na igreja. A esposa deve tratar o marido com um espírito calmo, respeitoso e obediente. Não grite com o seu esposo, nem dê ordens a ele na frente dos outros. O marido deve ser corrigido com sinceridade, amor e firmeza. Converse com ele. Não espalhe para os outros os defeitos e falhas do marido. Ore para que Deus transforme o coração dele. Segure a mão dele em casa e em público. Seja cuidadosa com a casa e os filhos. Não desfaça as ordens dele para com os filhos. Prepare uma refeição caprichada para ele. Mostre amor ao preparar o almoço e o jantar. A mulher quando fiel, educada, sincera, responsável e atenciosa, cativa o coração do esposo.

3. VALORIZANDO O DIÁLOGO CONJUGAL

O diálogo conjugal tem de ser agradável, conforme encontramos em Cantares 4.3: “Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é agradável; a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos”.
Nenhum relacionamento sobrevive sem uma comunicação eficaz e amável. Através da comunicação, o casal compartilha sentimentos, desejos, sonhos, metas, projetos, anseios, diretrizes, afeto, carinho e respeito.
Há casais que estão dentro de casa, mas não conseguem ter harmonia no diálogo. Alguns nem têm prazer de ficar em casa por causa das brigas constantes.
Há coisas que irritam determinadas esposas: deixar a tampa do vaso levantada, deixar a esponja encharcada após o banho e muitas outras situações. Em contrapartida, há coisas que irritam alguns maridos, como: bater a porta do carro, deixar várias lâmpadas acesas sem ter alguém nos cômodos e muito mais.
O que fazer diante desses casos? O diálogo, recheado com sinceridade e amor, pode trazer resultados satisfatórios. Quando os cônjuges se amam, é possível buscarem mudanças para agradar um ao outro.
Saiba que não é o muito falar, mas sim a qualidade do diálogo é que trará alegria, paz e prazer ao casamento: “Como maçãs se ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv 25.11).

4. VALORIZANDO A COMPANHIA DO CÔNJUGE

A sulamita valorizava a companhia do rei Salomão, conforme Cantares 1.4: “Leve-me com você! Vamos depressa! Leve-me o rei para os seus aposentos! Estamos alegres e felizes por sua causa; celebraremos o seu amor mais do que o vinho. Com toda a razão você é amado!”
            Investir tempo com o cônjuge e com os filhos é muito bom e importante para a saúde emocional de todos. Se os cônjuges passarem pouco tempo juntos, o diálogo esfria, os problemas com os filhos aumentam, a vida sexual perde o encanto e as tensões financeiras aparecem. Deus não errou quando disse: “... Não é bom que o homem esteja só...” (Gn 2.18). A solidão e o distanciamento têm destruído a vida de muitos casais. A companhia do cônjuge é fundamental para a manutenção do casamento. A meu ver, não é bom que o homem esteja só, nem que a mulher esteja só. Onde estava Adão quando Eva dialogou com a serpente? Maridos e esposas, tomemos cuidado.

5. VALORIZANDO O CONTATO FÍSICO

O contato físico é um atributo da vida conjugal. Cantares 1.2 diz: “Os beijos e os carinhos fazem parte da caminhada conjugal: “Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos... Sim, as suas carícias são mais agradáveis que o vinho”.
Continuando, em Cantares 2.6 fala da importância do abraço entre os cônjuges: “O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça, e o seu braço direito me abrace”.
No tempo de namoro muitos rapazes e moças são grudentos e pegajosos. Porém, depois que casam, perdem o interesse, perdem o “fogo da paixão”. Isso é perigoso. Namoro picante não é sinônimo de casamento picante. Os solteiros devem se manter puros e santos, conforme ensina a Palavra de Deus: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o home comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6.18,19).
Pela Bíblia compreendemos que o sexo no casamento é um mandamento de Deus (Gn 1.28; 1 Co 7.5); deve ser puro e santo (Hb 13.4); traz alegria e prazer (Pv 5.15-19); exige carinho e cuidado (Ef 5.29); exige fidelidade (Ct 6.30).
É tempo de vigilância, porque a Palavra de Deus proíbe o sexo antes e fora do casamento (1 Ts 4.3-8; Ex 20.14,17). O sexo é benção, é puro, é santo e bom, desde que praticado na esfera do casamento.
Um casamento bom pode desenvolver uma vida sexual boa e agradável.  Não obstante, um sexo bom não é garantia de um casamento bom. Quando existe um bom relacionamento e uma vida espiritual sólida e firme, as demais áreas da família são atingidas positivamente.

6. SEGUINDO O PRINCÍPIO DO PERTENCIMENTO MÚTUO: FIDELIDADE

O pertencimento mútuo e a fidelidade são marcas de um relacionamento conjugal feliz. Assim encontramos no livro de Cantares 2.16: “O meu amado é meu, e eu sou dele; ele pastoreia entre os lírios”.
A infidelidade conjugal é pecado, é adultério (Ex 20.14). Fere o coração de Deus e do cônjuge. Quem permanecer na prática desse pecado e não se arrepender, não herdará o Reino de Deus (1Co 6.9,20; Ap 21.8). A traição e a infidelidade levam as pessoas à ruína (Pv 6.32).  O pecado oferece um banquete que é doce somente no início, porque o final é desgostoso e trágico.
Quando se quebra a aliança conjugal todos sofrem e se machucam: os cônjuges, os filhos, os familiares, a igreja e os amigos.
No casamento precisa existir a obediência ao voto de não desejar outra pessoa, a não ser o próprio cônjuge. Por mais que o homem e a mulher tenham defeitos e falhas, isso não é motivo para colocarmos sentimentos de impuros e promíscuos em nossa mente. O teu marido se destaca entre dez mil? A tua esposa se destaca entre dez mil? Não julgue, pense. “Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, ó você, das mulheres a mais linda? Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, para você nos obrigar a tal promessa? O meu amado tem a pele bronzeada; ele se destaca entre dez mil”.  (Cantares 5:9,10).
Do ponto de vista de Deus, o casamento não é descartável. Quando casamos, Deus é a maior testemunha da união conjugal entre o homem e a mulher. Observe o que está escrito em Malaquias 2.14: “...Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, coma qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira  e a mulher do teu concerto”.
Sejamos leais e fiéis ao nosso cônjuge. A Palavra de Deus é firme e verdadeira: “... ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2.15).

7. VIVENDO INTENSAMENTE O AMOR CONJUGAL

O amor é um atributo de Deus (Jo 3.16; 1Jo 4.8), é um caminho sobremodo excelente (1Co 12.31), é o vínculo da perfeição (Cl 3.14), é a virtude de um casamento abençoado por Deus (Ef 5.25.33).
É possível encontrarmos casamento sem amor, mas não trazem alegria. Até sobrevivem, mas não florescem, nem frutificam.
Cantares 8.6,7 mostra-nos uma poderosa declaração de amor conjugal: “Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto à morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor.  Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado”.
Dentro de 1 Coríntios 13.4-8 aprendemos que o amor de verdade é paciente, é bondoso, não é ciumento, não é soberbo, não maltrata, não é egoísta, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, todo crê, tudo espera, tudo suporta. O verdadeiro amor nunca perece. Todo casamento necessita de amor para prosperar. Ame o seu cônjuge. Viva intensamente o amor conjugal.

Concluo esta palavra, citando os conselhos do Dr. Larry Crabb: “Nosso verdadeiro sucesso na vida deve ser avaliado pela qualidade do relacionamento que oferecemos ao nosso cônjuge, aos filhos, pais e amigos. Somos felizes quando aqueles com quem nos relacionamos se sentem amados me respeitados, quando nos alegramos em dar a outros, de forma espontânea aquilo que temos, visando ao bem deles”. 

Pr. Quemuel Lima

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

COMO VENCER OS PROBLEMAS DA VIDA


Texto Bíblico: Salmo 124

1. OS PROBLEMAS DA VIDA QUEREM NOS ENGOLIR VIVOS (Salmo 124.1-3)
Há pessoas que ainda não morreram, mas que estão dentro da barriga de um problema e não sabem como sair. Há pessoas que somem da igreja porque estão na barriga do problema. Há aqueles que foram aspirados para dentro de uma dificuldade, sem chance de defesa. O salmista disse que se não fosse o Senhor ao lado do povo, os inimigos os teriam engolido vivos. Sem a proteção de Deus podemos ser engolidos pelo diabo e suas artimanhas.

2. OS PROBLEMAS QUEREM SE LEVANTAR CONTRA NÓS, OS PROBLEMAS QUEREM SE COLOCAR SUPERIORES A NÓS (Salmo 124.2)
O salmista disse: “quando os homens se levantaram contra nós” (Salmo 124.3). A Bíblia diz que Golias se levantou contra Davi, mas não teve sucesso porque Deus deu vitória a Davi e a nação de Israel (1Sm 17). Os problemas sempre querem se colocar acima de nós. Quando temos Deus como o nosso auxílio, somos nós que ficamos acima dos problemas. Na história de Davi encontramos que depois que o gigante caiu ao chão, o jovem belemita pôs pés sobre Golias. Por um momento você pode estar se achando menor que o problema, mas confie em Deus. Na hora certa, todo o nosso sofrimento será derrubado em nome de Jesus.
Enquanto estivermos vivos, sempre enfrentaremos gigantes, sempre venceremos os gigantes. Davi, na sua adolescência, enfrentou Golias e venceu. Davi, na sua velhice, enfrentou o gigante filisteu Isbi-Benobe, e só não morreu porque Deus enviou o       valente Absai, que o socorreu, matando o gigante (2Sm 21.15-17).

3. OS PROBLEMAS DA VIDA QUEREM NOS SUBMERGIR (Salmo 124.4,5)
Há pessoas que estão debaixo das águas de um problema. Há pessoas que estão afundadas em problemas. Se não fosse o Senhor guardar a nação de Israel, as águas impetuosas teriam passado sobre a alma de cada israelita.
Você teve oportunidade de ver águas impetuosas? Essas águas são violentas, podem nos arrastar e nos afogar com toda a sua braveza. Os problemas da vida querem nos arrastar e nos afogar. Estejamos em alerta.
As águas impetuosas também são espalhafatosas. Todos veem a sua agitação e a violência com batem nas rochas. Há problemas que gostaríamos que ninguém soubesse e até ficamos com vergonha – são as águas impetuosas. Essas águas crescem tanto que de longe muitos vêem a força da correnteza. Há problemas que são como águas impetuosas – eles são espalhafatosos – todas sabem que estamos sofrendo sem que pronunciemos palavras.
Deus tem livramento para nós. Ainda que as lutas da vida queiram nos submergir, elas não vão obter vitória contra nós. Não afundaremos. Não seremos arrastados. O Senhor está ao nosso lado.

4. OS PROBLEMAS DA VIDA QUEREM NOS MORDER, QUEREM NOS MACHUCAR, QUEREM NOS DESTRUIR (Salmo 124.6)
Há problemas que são semelhantes às bestas-feras – esses animais nos prendem em seus dentes, nos levam para a caverna, e lá nos dilaceram. Os problemas são ferozes, possuem dentes afiados, não têm piedade de nós. O monstro de problemas quer nos levar para a caverna da depressão, angústia, desespero, morte espiritual, esgotamento, estresse, explosão de fúria, dívida, pecado, da separação conjugal, dos filhos desviados e rebeldes, das crises familiares, da mentira e do desamor.
Você está machucado ou ferido por causa de relacionamentos? Está com alma dilacerada por causa do filho que não deixa as drogas? Alguém fez intriga de você? Há pessoas querendo fazer “picadinho de você”? Se o Senhor estiver ao teu lado, Ele não deixará que você seja esmagado pelo diabo e pelas suas astúcias.

5. OS PROBLEMAS DA VIDA QUEREM NOS ENLAÇAR, QUEREM NOS AMARRAR (Salmo 124.7)
Os problemas nos pegam de surpresa, assim como os pássaros são surpreendidos pelos laços. Os problemas querem amarrar os nossos pés. Querem nos impedir de caminhar. Querem destruir a nossa liberdade. Há pessoas que não conseguem caminhar para a Casa de Deus porque estão presos aos laços do passarinheiro. Nem sempre o passarinheiro quer matar o pássaro. Às vezes ele quer amarrar, dominar e controlar. Os problemas da vida querem dirigir a nossa vida. Não permita que as dificuldades dirijam a sua vida. Devemos ser dirigidos pela vontade de Deus – “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus” (Mt 6.10).

6. COMO VENCER ESSES PROBLEMAS DA VIDA?
O salmista Davi usou 4 vezes o vocábulo ADONAI no Salmo 124 (Sl 124.1,2,6,8). ADONAI significa “Senhor por excelência” ou “Senhor sobre todos”. As tribulações da vida não vão nos submergir porque temos a cobertura e a proteção de ADONAI – Ele é sobre todos, é sobre nós.
Venceremos todos os problemas, se, primeiro, permitirmos que o Senhor esteja ao nosso lado (Salmo 124.1,2). A comunhão com Deus é primacial para obtermos vitória em todas as áreas de nossa existência.
Em segundo lugar, precisamos crer no Livramento de Deus – Deus não deixará que os problemas nos destruam (Salmo 124.6).
Em terceiro lugar, é preciso crer na Ação Libertadora de Deus – Ele quebra todos os laços preparados pelo caçador (Salmo 124.7).
Em quarto lugar, precisamos  ter a visão certa de que o socorro vem do Senhor, criador do céu e da terra (Salmo 124.8).
Quando estiver passando pelas provações da vida, corra em direção aos braços do Senhor – Ele sim, tem mão forte e braço estendido: “E o SENHOR nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres” (Dt 26.8).

Pr. Quemuel Lima

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

COMO VENCER AS NAVEGAÇÕES DIFÍCEIS DA VIDA?

A paz do Senhor. Quero fazer algumas perguntas a você: como está a navegação da sua vida? Será que você está navegando com ventos contrários? Será que a navegação de sua vida não está vagarosa por causa da força dos ventos? Será que a navegação de sua vida não está difícil e perigosa? Quem é o piloto de sua navegação: é um homem ou é Deus? O apóstolo Paulo teve uma experiência muito dura na viagem que fez da Ásia para a Europa, por meio de navio. Pelo texto bíblico podemos destacar as condições terríveis dessa navegação e qual foi a solução enviada por Deus (Atos 27).

1.    Navegação com ventos contrários (Atos 27.4)
Os ventos contrários são as lutas e as oposições que sofremos na caminhada cristã. Mesmo quando estamos na direção de Deus, não estamos imunes às ventanias de problemas. Ser fiel a Deus não quer dizer isenção de conflitos e dificuldades na igreja, na família, na escola, na universidade, no emprego, na vizinhança e nos relacionamentos. Com Jesus, podemos ser vitoriosos em meio aos ventos contrários.

2.    Navegação vagarosa por causa dos ventos (Atos 27.7)
Em razão dos fortes ventos, a embarcação tornou-se vagarosa. Conosco não é diferente. Ficamos perplexos quando a realização de nossos sonhos se torna vagarosa e distante. Às vezes, queremos chegar rápido no ponto final de um problema, mas acontece o contrário. Há momentos que pedimos a Deus que nos tire logo do problema, mas parece que Ele fica em silêncio. Querido, a vida é muito corrida e estressante.
A navegação vagarosa mostra que nem tudo na vida pode ser rápido – navegação vagarosa significa que precisamos separar um tempo para buscar a Deus, precisamos investir tempo em amar o próximo.  Não queira correr dos problemas e nem se afobe em meio aos problemas. Seja firme e constante (1Co 15.58).

3.    Navegação difícil (Atos 27.8)
O apóstolo Paulo enfrentou uma navegação difícil, com muitos empecilhos. Na vida passamos por navegações difíceis. Na ótica humana parece que tudo coopera para o mal, mas na visão bíblica tudo contribui para o bem daquele que ama a Deus (Rm 8.28). Se, porventura, você estiver sendo solapado, apertado e encurralado pelas dificuldades do dia-a-dia, lembre-se: “o nosso socorro vem do Senhor” (Sl 121.1). 

4.    Navegação perigosa (Atos 27.9)
O apóstolo Paulo também se deparou com uma navegação perigosa – ele esteve diante da morte. Você está em alguma navegação perigosa? Nesse momento há muitas pessoas com relacionamentos perigosos, amizades perigosas, com atitudes perigosas e com decisões perigosas. Em meio aos perigos da vida, a paz de Deus deve dominar e direcionar nossos corações (Cl 3.15). Não faça nada que contrarie o coração e a Palavra de Deus, que é lâmpada e luz para nossos pés (119.105).

5.    Navegação autoconfiante (Atos 27.10,11)
Os tripulantes do navio em que Paulo estava confiavam mais na sabedoria humana do piloto e do mestre, do que na sabedoria divina, que estava no apóstolo Paulo. Apesar da experiência, o piloto foi traído pela própria experiência – pensou que podia prosseguir porque o vento sul soprou brandamente. E logo depois veio um pé de vento, chamado Euroaquilão e o navio foi levado pela força do vento (Atos 27.13-17).
É comum pensar que podemos levar a embarcação adiante sem a ajuda de Deus. A autoconfiança é uma atitude admirada e desejada por muitos, porém, ela não é segura. Tem aparência de vitória, mas é uma fraude. A autoconfiança nos leva ao fracasso. A altivez é o caminho mais curto para a ruína.

6.    Navegação agitada por uma forte tempestade (Atos 27.18)
Como se não bastasse, a embarcação ainda foi fortemente agitada pela tempestade. Quando pensamos que a luta está passando, vem outra pior. Já viveu esse dilema? Nada pode ofuscar a visão do socorro de Deus. Paulo não estava sozinho - Deus estava com ele. Quanto mais forte a tempestade, mais poderoso se mostrará o Senhor Deus em nossas vidas. Infelizmente, muitos cristãos oram, mas não acreditam que Deus possa fazer milagres. Muitos oram, mas não acreditam no agir de Deus. Não faça parte desse grupo de “crentes descrentes”. Creia em Deus.

7.    Navegação onde os companheiros de viagem perderam a esperança (Atos 27.20)
Os passageiros perderam as esperança e pensaram na morte. Quando perdemos as esperanças, nos alimentamos com o cheiro da morte. Na jornada espiritual, infelizmente, encontramos aqueles que já perderam a fé e esperança. Os desesperançosos e os desesperançados contagiam o grupo vertiginosamente. Algumas igrejas e famílias são vitimadas pela “epidemia do desânimo”. Não caia no pântano do desânimo. Tudo pode ruir, menos a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele é a nossa esperança (Cl 1.27).

8.    Navegação com marinheiros covardes - quiseram abandonar o navio (Atos 27.30)
Na caminhada com Deus nos deparamos com aqueles marinheiros que em vez de nos oferecerem segurança e direção, são os primeiros a querer abandonar o navio. Paulo e o comandante não deixaram que o piloto fugisse da embarcação em perigo. Quando há riquezas e saúde, sempre há bajuladores. Porém, a falência e a doença atraem a solidão, o abandono e o desprezo. Nos momentos mais sensíveis e vulneráveis de nossa existência, existem aqueles que nos dão às costas.

9.    Há solução para uma navegação difícil? Como vencê-la?
Em meio a essa navegação atribulada, Deus deu uma palavra de ânimo para o apóstolo Paulo (Atos 27.22). O apóstolo não guardou a palavra de ânimo para si, ele transmitiu a outrem (Atos 27.22,25). Nas horas de dificuldade Deus sempre tem uma Palavra de socorro. Não podemos ser egoístas – temos de compartilhar a nossa fé com o próximo. No meio daquela embarcação, Paulo se levantou e exortou o povo a não ter medo, a crer em Deus e a se alimentar bem (Atos 27.24,25,34-38). Deus é tão maravilhoso que não deixou que os soldados matassem Paulo e os prisioneiros, mostrando que as promessas de Deus ainda se cumprem (Atos 27.23,24,43,44). Deus disse que ninguém iria morrer naquela embarcação – a promessa se cumpriu.
Não sei como está a embarcação de sua vida. Tudo pode parecer difícil, mas não deixe de se alimentar por causa dos problemas, creia em Deus, não temas. Você vai sobreviver. Venceremos em nome de Jesus.

Pr. Quemuel Teixeira Lima